O vento nas palmeiras, o orvalho na roseira No azul os passarinhos abrem as asas Um arco-íris cobre as casas e flutuam nuvens brancas pelo ar A chuva branda lava o olhar O vão das coisas quietas, o murmúrio da cascata Mas pelas ruas automóveis levam corações aflitos e tão frágeis As pessoas nunca cansam de esperar Alguém chamar, alguém chegar O fim da tarde, o firmamento Eu sinto dentro do meu peito uma espécie de lamento Um sentimento de ser filho insuspeito disso tudo Qual era mesmo, nessa vida o meu lugar Uma saudade, o infinito Um rio que corre para o mar, nosso destino está escrito Eu acredito, mas tanta gente anda a esmo pelo mundo O adeus é triste, o amor existe e há de voltar...