Vejo o sol A luz de estrelas salpicadas Aos milhares Feito areia à beira-mar Vejo a flor lilás Sementes espalhadas pelo vento E um silêncio então me faz calar Vem de Deus esse lamento Do silêncio da criança adormecida De uma lágrima contida Dos amantes deslumbrados Que não encontram as palavras Pra dizer do amor que juram, então, calados O silêncio das montanhas E do pescador cansado da sua lida Que contempla o rio da própria vida E canta Canta mais Canta em paz Uma voz que canta Acende um fogo na garganta e se levanta Canta mais Canta em paz Nesse instante os muros que nos prendem Nos separam Caem pelo chão Ao som de uma canção