No pais que já foi das capitanias hereditárias A exploração, que foi do pau-brasil não é mais A mercadoria mudou, agora é feita de carne e sangue A trenchtown não é mais jamaicana, mas sim continental Filhos saem de casa e não voltam mais, ouço as mães da praça de maio É nos muros sociais, o espelho da verdade que ninguém quer ver É nos muros sociais, esse espelho sem querer pode ser você É nos muros sociais que eu encontro a verdade No subúrbio grafite é arte Sob o céu azul desigual, valentes da miséria, com suas armaduras de barros Castelos e favelas Construindo uma nação, talvez rica talvez não Mas sem honra e sem coração, atiradas na calçada da desilusão Vendo a morte chegar sem nenhuma ação É nos muros sociais, o espelho da verdade que ninguém quer ver É nos muros sociais, esse espelho sem querer pode ser você Na alquimia da mistura perfeita surge uma nova linguagem de som Mas na duvida sobre o futuro não sabe se é ruim, não sabe se é bom Mas eu vou cantando com ousadia sabendo que autoridade é pra quem pode Não para quem quer, isso é sabedoria, no subúrbio você aprende a não ser um mané É nos muros sociais, o espelho da verdade que ninguém quer ver É nos muros sociais, esse espelho sem querer pode ser você É nos muros sociais que eu encontro a verdade No subúrbio grafite é arte Sob o céu azul desigual, valentes da miséria, com suas armaduras de barros Castelos e favelas Construindo uma nação, talvez rica talvez não Mas sem honra e sem coração, atiradas na calçada da desilusão Vendo a morte chegar sem nenhuma ação