Seca, sol ardente, alma triste Sertanejo resistente, é valente não desiste não Talento é a armadura, dessa luta dura da vida A lama passeia nos dedos, desperta alegria contida O suor da lida rega o solo do sertão Brota no barro o sonho do menino E eterniza o Mestre Vitalino Faz chover nesse chão, oh, Senhor Deságua amor, traz a prosperidade Faz chover nesse chão, oh, Senhor Deságua amor, traz a prosperidade E banha os teus filhos, oh, Senhor Com gotas de felicidade Enfim, choveu, festa no sertão Mandacaru floresceu Lá vem o reisado da folia No arraiá vai ter Canturia Tu és, Bom das Bocas Tal qual as águas que caem do céu Bonança, esperança para quem tem fé Toca zabumba furiosa, que hoje vai ter arrasta pé Cabra da peste, não se avexe, vem pra cá Puxe o fole, sanfoneiro, o samba vai forrozear Cabra da peste, não se avexe, vem pra cá Puxe o fole, sanfoneiro, o samba vai forrozear Filho do agreste inté zomba do sofrer Faz da arte o motivo pra viver