O assunto mais falado e comentado no rincão Foi um índio que acabou com um fandango de galpão Dois punha dos de pimenta ele jogou no salão Enquanto o povo dançava A poeira levantava e foi dando a confusão No começo não foi nada, mas a farra estava pronta Começaram a se coçar, no salão, de ponta a ponta Os espirros e a coceira começaram a tomar conta Foi coisa linda de ver Todo mundo se bater parecendo mosca tonta Coça, coça, coça aqui; coça ali e coça lá Velhas, moças e rapazes, todo mundo a se coçar Coça, coça, coça aqui; coça ali e coça lá E a coceira não passava e não paravam de espirrar Coça aqui e coça ali, coça ali e coça lá! A coceira era tanta que o povo não resistiu Se largaram campo a fora e o salão ficou vazio Coceira igual aquela no rincão nunca se viu Todo mundo em disparada Não enxergaram mais nada e caíram dentro do rio Tinha índio mergulhando de bombacha, bota e espora Todo mundo dentro d’água a se coçar na mesma hora Quem olhava parecia que eles tinham catapora E a coceira não passava Tinha gente que gritava: - Me salve Nossa Senhora Coça, coça, coça aqui; coça ali e coça lá Velhas, moças e rapazes, todo mundo a se coçar Coça, coça, coça aqui; coça ali e coça lá E a coceira não passava e não paravam de espirrar Coça aqui e coça ali, coça ali e coça lá! E eu estava numa moita morrendo de dar risada Pois fui eu quem provoquei toda aquela patacoada O povo me descobriu e parei de fazer troça Me deram uns tapas nas ventas Me lavaram com pimenta e eu entrei no coça-coça