Hoje a noite foi longa foi tudo meio sem sentido Nenhum som me inspirou, nem o livro que tenho lido Sinto-me cercada de mentiras em uma vida que não vivo Tudo tão automático, um coma induzido Eu nem dormi e logo toca o despertador Vozes em minha mente me chamando pro labor Oh Senhor, piedade! Dei-me forças pra enfrentar o monstro da cidade Roubando minha mocidade, meu sorriso, minha coragem E eu que achava que com grana comprava a liberdade Era só fachada, pra eu consumir minha vida em uma sala fechada E nos meus arredores é sempre o mesmo papo Não aguento mais a lida, na real já estou farto Com os velhos amigos já não tenho mais contato Quanto mais bens adquiro mais me sinto isolado Sera que eu tenho tudo ou só sujeira acumulada? Sera que eu sou mais um "livre" com a mente aprisionada? Pois é isso que eu penso quando volto para casa Voltando para caixa como um pássaro sem asa Vivo no intuito de me permanecer viva Fluxos intensos que entortam a batida Engasgada na garganta a palavra fica Enquanto eu não solto, me perturba a vista Maneira que olho sempre prezo o positivo mas tem fase que isso não é possível Do chão para o céu acredito que eu alcançarei Mas no momento só estou pensando, como desta fase passarei? Refugios que eu tenho não estão resolvendo Fantasias que o tempo cobra a cada passada Interrogações, ficções, ilusões e incertezas Faz tempo que eu to vendo a degradação Infinito ser tem que estar em evolução Acho que esse é o principio desta vida Sigo nas incertezas, em paz com a batida