Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Essa é a história de nego valentão Numa cidade violenta, sem proteção Acabar com a covardia era a sua missão Reprimir a desigualdade e também a opressão Não se sabia onde morava, quem sabia não falava E se nego vacilasse era certo que apanhava Ele punha ordem na casa e arrumava o recinto Não usava revólver, só resolvia no cinto Quem tremia de medo, era a vagabundagem Político corrupto e toda a ladroagem Marido cretino que batia em mulher Pastor bandido que abusava da fé Não perdoava ninguém que agia pru mal Para esses dizia que era a hora do sal Vagabundo chorava, pedia perdão E perto dele, o nascimento não era nem capitão Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Era temido pelos cana, bebia caldo de cana Só andava à paisana pra pegar os ratazana Uma vida suburbana, não gastava muita grana Gostava da mariana, uma bela paulistana Não era agente especial, do tipo jack bauer Não era miliciano, nem usava sigsauer Rejeitava propina, não temia chantagem Com rabo preso o governo deixava agir à vontade Numa ocupação ocorrida na favela A polícia fez bandidos darem sebo nas canelas E durante a varredura, pra limpar a comunidade Um pm revistou e abusou da autoridade Esculachou trabalhador, tremenda sacanagem Valentão ficou sabendo e acabou com a molecagem Fez ele se desculpar, corrigir a linguagem Mandou-o pru xilindró e o fez comer lavagem Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco, sossega o facho Bater em mulher pra valentão é golpe baixo É falta de respeito, coisa de sem-vergonha Imbecil cracudo, que não passa de um pamonha Pois quando a conheceu, era presente e muito papo Depois que a conquistou em vez de flor só deu sopapo Vacilão merece um couro, um monte de bordoada Pra deixar de ser otário e não agir como um babaca Não o julgue violento, muito menos marginal Ele somente não releva injustiça social Valentão é desses caras que não se vê por aí Que nunca foge da luta e nem é de se omitir Fez a paz acontecer quando nem tinha upp Protegeu os oprimidos, sem ter fama nem poder Ele recusa entrevistas, aparições em tevê Mas tá sempre na pista, onde tem mais o que fazer Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Bota a viola no saco mané / que o nego tá invocado Foge logo corrupto, que lá vem valentão Não amarela playboy, que lá vem valentão Mete o pé canalha, que lá vem valentão Não adianta correr, que lá vem valentão