Blue neon clock fingers sneaking past the stars Extinguish the last fuse of day. Through black rain-wet streets rush bleary-eyed cars Stuffed with revellers drunk and blasé. In Soho stained waiters bang dustbins around, Commissionaires yawn into tweed, As empty and echo hose yesterday down The night people slide inbetween. Sallow dudes with spotlight eyes Pour laughter sauce on ice. Velvet dolls with brandied smiles Lean close with mouths of dice. The tunnel band plays studded drums And spits electric spears As the dancers kick like marionettes Through the smokescreen atmospheres. Dance on pale harlequins of night Lest you scratch your gilded fears. The paint peeling tea stall by Charing Cross bridge Attracts lonely moths to its lamps. In corners of archways on a benches oak ridge Lie newspapered wine-softened tramps; Pushed on by policemen and queueing for soup Evading the world's outstretched glove, But one pain they share with the jewelled ghost troupe Both searching for some kind of love. Gargoyles chewing on dead cigars Stack chips in crystal halls. Sequinned starlets scent their breasts Till the single finger calls. Rhinestoned strippers strut and peel For the cochineal stockade. The gangster roars his crew applauds At the punter's fun parade; All worshiping the jaws of night Where the piper is never paid. Champagned freaks in denim shirts Snort energy in spoons. Laughing girls ask zodiac signs But their eyes sing lonely tunes. It's four o'clock the wine is flat The coffee has long gone cold, The rustlers pay their last respects Then drive away blindfold . . . . . . Dead the hollow dreams of night Turn grey dissolve . . . .dissolve . . . Leaves dervish dance on the coiled wind of dawn Whisper . . . . The curtain lifts . . . . Day News vans and lorries with oranges roar From Fleet Street to Ealing Broadway. The first bus with charladies stops in the Strand Milk vans and post vans cruise by. At Euston commuters, shop girls and striped suiters, Are jostling and milling, cars hooting, brakes shrilling Dedos de relógio neon azul se esgueiram pelos astros Apagando o último fusível do dia Pelos rios negros, ruas molhadas de chuva, carros cansados passam Cheios de festeiros bêbados e blasés Em Soho, garçons manchados batem latas de lixo Porteiros bocejam em tweeds Enquanto vazias, as mangueiras ecoam o ontem Os noturnos deslizam por entre Rapazes pálidos com olhos de holofote Vertem molho de riso sobre gelo Bonecas de veludo com sorrisos de conhaque Inclinam-se com bocas de dados A banda do túnel toca tambores cravejados E cospe lanças elétricas Enquanto dançarinos chutam como marionetes Pelos ares nebulosos de fumaça Dancem, pálidos arlequins da noite Para não arranhar seus medos dourados A barraca de chá descascada perto da ponte de Charing Cross Atrai mariposas solitárias para suas lâmpadas Nos cantos de arcadas, sobre bordas de bancos de carvalho Jazem mendigos macios de vinho, enrolados em jornais Empurrados por policiais, na fila da sopa Fugindo da mão estendida do mundo Mas uma dor eles compartilham com a trupe fantasmagórica Ambos procurando algum tipo de amor Gárgulas mastigando charutos mortos Empilham fichas em salões de cristal Estrelas de lantejoulas perfumam seus seios Até o chamado do dedo solitário Strippers de strass desfilam e se despem Para a cerca de cochonilha O gângster ruge, sua equipe aplaude A divertida parada dos apostadores Todos venerando as mandíbulas da noite Onde o flautista nunca é pago Excêntricos de champanhe em camisas de jeans Inalam energia em colheres Garotas rindo perguntam signos do zodíaco Mas seus olhos cantam melodias solitárias São quatro horas, o vinho está chato O café esfriou há tempos Os arruaceiros pagam seus últimos respeitos Depois partem de olhos vendados Mortos, os sonhos vazios da noite Viram cinza, dissolvem, dissolvem Folhas dançam dervixe no vento enrolado da aurora Sussurram, a cortina se levanta, dia Vans de notícias e caminhões com laranjas rugem De Fleet Street a Ealing Broadway O primeiro ônibus com faxineiras para no Strand Vans de leite e de correio deslizam Em Euston, trabalhadores, moças de loja e homens de terno listrado Se acotovelam e se aglomeram, carros buzinam, freios gritam