Parece parente vivendo de favor Nunca vai embora nem paga as despesas Não tem hora pra chegar, nem tem hora pra sair Minha tristeza mora nos fundos do meu coração Minha tristeza adora escorrer pelas cortinas Espalhar-se no tapete, ocupar-se da rotina Agarrar-se feito traça aos fracassos da família Aos escombros do meu sonho, aos meus ombros largos Ela mora lá nos fundos e se escora nos meus ossos Abro o peito e não me foge, mas se espalha em mil pedaços Tenho os braços da tristeza enrolados no pescoço Pra me levar pro fundo do seu mundo magro