Já parou para olhar o Sol pela sua janela? Chega nela, chega nela Sentiu a brisa que passa lenta como caravela? Deixa ela, deixa ela Ouviu o silêncio que toda dor cancela? Sem cautela, sem cautela Cantarolou melodias em pingos de aquarela? Tão belas, tão belas O mundo está todo mudado Que ao avesso foi tudo virado Quase não nos reconhecemos Quase que só nos esquecemos Da vida que mora nos instantes Que é agora como era antes Se for em busca do essencial O bem que tem será natural O que existe está no ser Que desiste então de ter O que existe, é Que resiste O que existe está no ser Que desiste então de ter O que existe, é Que resiste, que resiste