O reboco caído do palácio de taipa E os aboios mudos dos velhos vaqueiros A cerca de vara faz voltas no espaço Qual bailarina tonta que vai tombar Na ribanceira do riacho Assistindo teatralmente ao rasgar das terras Baila, aos ritmos das enxadas Longos clássicos de tchaikovsky Até tombarem aos pés dos frutos Até tombarem aos pés dos sonhos do amanhã Nas paisagens os rios têm seus leitos vazios No alforje os sonhos molhados pelo suor Que desce do gibão como uma armadura Que protege um guerreiro latino Homens com raízes no ventre da terra Fecundada pelo sêmen do sol Até tombarem aos pés dos frutos Até tombarem aos pés dos sonhos do amanhã O homem conhecendo o ser raiz Nas pradarias desse meu sertão sem fim Brotará, brotará numa nova pátria, pátria agrária