O rebanho tá fechado Tesoura afiada na pedra Com fio lambido na chaira Um ligar bem estaqueado Pra esquilá bem arrumado E separar a lã das garra O calorão de novembro Derrete a graxa da lã Na estopa do avental Uma vai e outra vem Já se foram mais de cem Agarra outra juvenal Uma semana de esquila Tiac, tiac, de tesoura Na comparsa do rincão No fim do mês forro a guaiaca Me tapo de lã e prata No bolicho do cimião Sempre tem um lote preto Pra sinuelo ou bacheiro Pro pelego dos arreios Os de três ano se aparta Já sobrou carvão na lata Pendura um guri campeiro No bate, bate do martelo Desceram seicentos velos Das ovelhas do tio luis Ano que vem dobra o rebanho Num lote de sobre-ano Na estância dos quatis