Só por eu já ter vivido Uma senhora quantia Tenho a sagrada mania De opiná e pensá solito É assim que eu me resolvo E também me determino Amarrando o meu destino Naquilo que eu acredito Não levo a minha existência Cabresteada por discurso Também não entro em concurso De dança ou lida campeira Dispenso regulamento Pra lidar co’a cavalhada E danço como me agrada Sem precisar de carteira Não preciso assinatura Pra abonar meus ideais Porque os meus ancestrais Pelearam por liberdade Eu sou mais um de bombacha Mas ninguém pensa por mim Liberto, pra o mundo eu vim E essa é mi’a identidade Eu vivo um dia por vez Conforme permite a vida Quando faço a minha lida Não tô esperando troféu Refugo prosa ensaiada Prefiro o mate que integra Pra vida com muita regra Eu não retiro o chapéu Na minha simplicidade Eu sei de alguém que repara Mas conservo a mesma cara Pras amizades que eu tenho Quando o perigo me ronda Eu não ajunto os tamanco E conservo o mesmo tranco Quando vou e quando venho