Vou contar a história De um baile campeiro de antigamente Era uma encruzilhada, tinha um rancho na frente Uma taipa de pedra Do lado a cancela já dependurada Encharcados na canha, o povo dava risada O porteiro borracho Fazendo fiasco e com o pala em tira Nem tava aí pra peleia, e a abanava pras guria Foi quando o dono da casa Prendeu-lhe um grito e pediu atenção Para entrar na ramada, hay que ter inducação Baile bueno, na ramada Onde o povo se assanha Com a guampa de canha Por baixo do pala Baile bueno, na ramada A gente se apaixona Pelas querendonas Lá da encruzilhada Nesse baile campeiro É que me apaixonei pela filha do lício Bota nega ajeitada, e entendia do ofício De dançar e sorrir Me fazendo aprendiz pelos cantos da sala Igual cobra mal matada, fazendo bem o serviço E naquele embalo O gaiteiro empolgado, chamando a atenção Pediu que o povo dançasse, batendo com o pé no chão E eu já bem empolgado Mal intencionado igual a leite azedo Mandei parar com o gritedo, e me espraiei no salão Baile bueno, na ramada