A Lua chega, curiango já levanta Solta seu canto e dá uma volta pelo campo No galho seco a coruja dá um grito Observando o lumiar dos pirilampos A estrela brilha sobre o teto do infinito Admirando o seu retrato na lagoa O bacurau solta seu canto tão bonito E a caninana vive assoviando à toa Moço, não afie o seu machado Larga de uma vez a motosserra Moço, até Deus tá preocupado Estão acabando com a terra Moço, cada tora que eu vejo Na carreta de um caminhão É uma tonelada de tristeza Na floresta do meu coração Um olho d’água de ruído frio e calmo Não tem descanso protegendo a natureza O sapo sai da toca e sobe numa pedra Extasiado diante de tanta beleza À meia-noite chega um vento sorrateiro Dança e baila entre as folhas da floresta O Deus da mata é um forte, é um guerreiro E só nos pede pra salvar o que ainda resta Moço, não afie o seu machado Larga de uma vez a motosserra Moço, até Deus tá preocupado Estão acabando com a terra Moço, cada tora que eu vejo Na carreta de um caminhão É uma tonelada de tristeza Na floresta do meu coração Moço, não afie o seu machado Larga de uma vez a motosserra Moço, até Deus tá preocupado Estão acabando com a terra Moço, cada tora que eu vejo Na carreta de um caminhão É uma tonelada de tristeza Na floresta do meu coração É uma tonelada de tristeza Na floresta do meu coração