Vem cá seu moço Nesta sombra do ingazeiro Eu também sou brasileiro Seu amigo, seu irmão Deixe seu carro Na quebrada da estradinha Vamos dar uma voltinha Pelos trilhos do sertão Tá vendo moço Lá na copa da paineira Nosso sabiá laranjeira Seu cantar é tradição Escute ao longe O cantar da codorninha E a queda da biquinha Debruçando no grotão E ali adiante Aonde termina a mata Vou lhe mostrar a cascata E o azul da imensidão Você vai ver Uma procissão de gado Quando desce encarrilhado Com destino ao ribeirão Depois da volta Você vai jantar comigo No meu rancho muito antigo Sob a luz de um lampião Leve contigo a beleza e os encantos Vai dizer em outros cantos Como é lindo o meu sertão