A vida simples no roceio me fascina Sua rosa pequenina Vem lá na furna da serra Onde ele fica deslumbrado a contemplar A sementinha brotar do ventre santo da terra Chega na roça logo assim que amanhece Vê as plantas que florecem lhe fazendo tão feliz E ao voltar para os braços da família Veio rindo pela trilha o cantar de um perdiz Na primavera, oh meu deus, o quanto é belo Um ipê-roxo outro amarelo em sinal de gratidão Bailam seus galhos em um festival de cores Para salpicar de flores o seu terreiro de chão Todas as tardes quando chega do rosado Banha seu corpo cansado na biquinha do munjolo E a cabocla percebendo seu cansaço Lhe acolhe em seus braços e lhe deita no seu colo Depois da janta tira a viola da parede A cabocla de olhos verdes vem por perto lhe ouvir Até a lua que fascina o universo encantada com seus versos Se esquece de dormir Na primavera, oh meu deus, o quanto é belo Um ipê-roxo outro amarelo em sinal de gratidão Bailam seus galhos em um festival de cores Para salpicar de flores o seu terreiro de chão