Atrasado mais uma vez.

Com o combustível na reserva, 
fui obrigado a desviar o percurso 
para abastecer em um posto 
que vendia gasolina mais barata.

Por que insisto em fazer isso?
Para economizar 98 centavos tive que encarar: 
9 semáforos, 8 pedintes, 6 vendedores ambulantes, 
14 distribuidores de panfletos, 
2 lavadores de pára-brisas e 3 meninos-malabaristas.

Depois de alguns quilômetros o carro começa a falhar. Definitivamente os 98 centavos saíram caro demais.

Aos trancos cheguei ao local de trabalho. 
Deixei o carro na rua porque as vagas no estacionamento 
da empresa são liberadas para os diretores, 
gerentes, puxa-sacos e para aqueles 
que chegam às seis da manhã.

Fiquei desanimado ao ver que os meus superiores 
(que sempre chegam depois do almoço quando eu estou trabalhando desde às 7:30h) estavam com seus carros devidamente estacionados. Justo hoje. 

Chamei o segurança para me auxiliar na passagem 
pela catraca e tive que explicar várias vezes e de forma detalhada como foi que perdi meu crachá.
Quando estava certo de que ele iria liberar 
minha passagem para mais um dia de trabalho, o segurança saca o seu rádio e chama o supervisor.

Provavelmente terei que explicar meus motivos por mais 2 ou 3 vezes..."