Tanto para dizer Que o pensamento me calou a voz Aumento meus momentos dos porões Mato o tormento quando ele se impõe Se não é dito para o vento tento crer O sentimento não é de fato real Vou digerindo a agonia e tudo passa no final Me interessa a companhia, paz e o cartão postal Mas, o que somos nós? São tantos sinais Somos tão sós Tanto para entender Os contra-tempos que não param mais Eu não dedico tempo aos temporais Dai não tem porque portar punhais E quanto mais a gente esquenta ou tenta achar Mais inventa com o que se preocupar O que me importa é a alegria, mostrar que veio pra ficar Se hospedar no dia-a-dia e não se acomodar Mas, o que somos nós? São tantos sinais Somos tão sós