Enquanto estiver lá fora Saiba que eu não descanso Até que deite do meu lado Em meio ao prólogo de mais uma semana Mais um toque seu de tantas nuvens negras de fumaça Que se tornam habitáveis Pelo tempo, pela cômoda Me passo um dia quieto Incansáveis descansos de tarde E tento me mexer pra passear comigo mesmo Rumo aos becos sem saída Nunca foi tão excitante A ideia de posfácio Sobre as dores incuráveis Feitas pelas notas de um piano elétrico Normalmente dizem que o choro Alivia nossos corpos, pra quem crê Mas se intensamente me descarto Antes mesmo de uma época mais falha de um ser Que se diz entendedor da vida que nos leva Então... Pode esquecer Eu faço isso Todo dia em que acordo com maior disposição E quando faço-me melhor do que já fui Olhando pro espelho, me doendo por não sair de lá Me escondo de uma influência minha Que me descarrega ao mundo das prestações da dor E todo mês eu volto a lhe pagar