De além mar vieram os negros africanos para o Brasil. Não por vontade própria. Vieram como escravos. Pelearam em guerras e revoluções, para defender uma pátria que nem sua era. Inclusive o Rio Grande do Sul. Espalharam a sua cultura por todo este continente. Na vila 13, nas missões, também existia um quilombo... Das Luzia... Que era bem assim... Raça negra dominando na vila 13 vivia Carvão na pele curtida Brasa no olho que ardia E a liberdade na alma no quilombo das Luzia Africanos quase puros Uma clã de raça brava Que quando estanha os olhos Ou quando afrouxa a baba Ficam pior que temporal Quando com fúria desaba. Certa feita a autoridade Quis prender as negras Luzia Foram os ratos e os baios E mais o povo que podia E o quilombo pegou fogo E o chão de medo tremia Peleavam se conversando Cotejando no facão Não gostavam dos de farda Dos paisana também não E a cada estouro das negras Um branco beijava o chão Enquanto da briga crescia Que cerrava a polvadeira As Luzia davam laço Com panela e com chaleira E até os negrinhos de colo Davam pau com as mamadeiras (falado) Anda lacaio, negro não ameaça, negro dá!!! A negra fúria guerreira Não se dobra ao opressor Enfrentam de alma aberta O chicote e o feitor Quem nasceu para ser livre De pouco interessa a cor.