Eu abro a porta do meu quarto Mas eu não vejo ninguém Vejo um mundo indiferente Sociedade condizente Com regras que não lhe convém Eu abro a porta do meu quarto Mas eu não vejo ninguém Eu ando em cima do muro Sem cair pra nenhum lado Eu tenho medo de escolher Pra depois perceber Que tá tudo errado Eu ando em cima do muro Sem cair pra nenhum lado Mas às vezes eu me pego pensando Sobre aqueles que andam em bandos Eu já nem sei por que isso é assim Eu já nem sei se eu tenho um bando pra mim Lá de cima da montanha De onde dá pra ver o mundo Eu enxergo muita gente Vivendo vidas deprimentes E miséria acima de tudo Lá de cima da montanha De onde dá pra ver o mundo E nós ficamos mudos Mas às vezes eu me pego pensando Sobre aqueles que andam em bandos Eu já nem sei por que isso é assim Eu já nem sei se eu tenho um bando pra mim Bandos de seres humanos, movidos por planos Vivendo com danos e materiais Bandos de seres humanos, movidos por planos Mas anos após ano as coisas são iguais E às vezes eu me pego pensando Sobre aqueles que caminham em bandos Eu já nem sei por que isso é assim Eu já nem sei mais se eu quero um bando pra mim