Meu verso não é literato Acalenta os corações Minha vida não é um retrato É um caminho de canções Um rio, uma costa de mato É o silêncio nos grotões Meus dias não contam as horas Quem os guia é o Sol e a Lua Dona morte é uma senhora Vez por outra apronta das suas O riso às vezes demora O triste é tristeza pura Eh, tanta vaidade O mundo desabou Eh, Humanidade Meu tudo são sobras do nada Guardados de simplicidade Juntados ao longo da estrada Lembranças e muita saudade Bordados de histórias contadas Pintados com o branco da idade Meus sonhos não são gigantes Mas comportam aquilo que sei O que tenho já é o bastante Pouco importa, perdi e ganhei Só sei que daqui para adiante Certeza é que caminharei