Rio mar de cinzas litorais Sobranceiras rotas de água e sal Jogo de sem fins cristas que afinal Curvam-se aos pés dos arlequins Rio em seu decúbito dorsal Clamas por malandros ancestrais Cova de leões Antros desleais Ilusão que espalha as ilusões Rio de anti-heróis colôniais voz Chama por desejos a pedir chão Mão do caos que move e a vida explode em carnavais No mistério aceso em túneis portas para os seus umbrais Rio de fronteiras raciais Encobertas pelo riso anil Balas e festins Ecos de um fuzil Vagam pelo chão dos botequins Rio sol de sonhos virtuais cor Dor que nem tapumes cobrem bem és Lima Barretal concerto em chovas tropicais Tribos de agonia assombram surfam sobre os seus metais Rio azul de mil mananciais Zé Pereira em transe febril Fazem libações Ao sex-appeal Os motins transformão-se em canções