Nunca fui um herói E nunca soube voar E por trás dos meus olhos Uns olhos serenos de mar Que te vem fundo num mundo E em todo o lugar... Sou memória de ti Tu és poema de arara Eu sou a sombra da fera Que espera ou a voz do Guevara Sou o silencio que canta te espanta E que nunca te agarra Deixa a minha mão guiar o teu caminho Não é a sólido que faz um homem sozinho É a paz na dor que sei de cor E o teu sabor No céu que é meu E onde grito... Eu nunca te perdi E nunca te deixei Eu nunca te esqueci Em ti eu repousei Eu nunca te perdi E nunca te deixei Eu nunca te esqueci Por ti eu despertei Eu nunca te perdi Já não sou o mesmo Não sou mais o mágico Que te encantou Te levou ao deserto Tão perto daquilo que sou Que te fez forte E rio e mar Que agora secou Eu já no sou eterno Sou mais uma página do teu caderno Rasgada e arrancada A força do vento Tantas vezes escrita no carinho do tempo E as noites perdidas que dizias que não Janelas fechadas a esconder a razão Deixa o meu olhar Ser a luz da tua estrada Não é ao acordar que o sonho madrugada É a paz na dor Que sei de cor E teu sabor No céu que é meu E onde grito... Eu nunca te perdi E nunca te deixei Eu nunca te esqueci Por ti eu despertei Eu nunca te perdi E nunca te deixei Eu nunca te esqueci Em ti eu repousei Eu nunca te perdi Eu nunca te deixei Eu nunca te esqueci Por ti eu despertei Eu nunca te perdi