Como um raio tudo passou sem deixar marcas ou pegadas Só embriaguez de sentimentos e uma saudade inexplicável O estranho cheiro do prazer e o som de uma melodia cantada por todos mas também desconhecida Como tudo naquela noite Ou naquela época que a vida era vinho e música A lágrima o extremo do sorriso Hoje é o outro dia e o outro dia é sempre assim Quem acendeu velas esquece a oração Quem cantava ouve máquinas Jazigos se abrem, casulos se fecham A folha cai, o fruto apodrece Mas o fruto podre protege a semente E o sonho jaz, enquanto a noite adormece No mais foi ontem, bem mais que ontem No mais boa noite ilusão você já me chateou demais por ontem