Bagre cego Letra: Marcelo Jegue / Música: Zé Não sei por que motivo meu pai não teve educação, Mas antes de ser pedreiro meu pai foi serventão Filosofou, fez uma cara triste, Depois tomou um pingão e disse: ¬ - Filho de peixe, peixinho é Vou lhe passar a minha colher E muita massa você vai bater Vai carregar lata de areia nas costas, Picareta, enxada e areia grossa Vai enfrentar a globalização! Paranaense cobra pouco e faz serviço bão Pedreiro evangélico também e nem toma pingão! Filosofou e já não estava triste, Depois tomou um café e disse: - Filho da luta, guerreiro é, Vou lhe passar a minha colher Honre a profissão do teu avô! Revolta não carregue nas costas Que sua esperança seja grandiosa, Tenha coragem no seu coração! Hérnia de disco, dor no joelho Cabelo torrado, queimação no lombo Terra no olho, dor pra todo lado! Filosofou e já não estava triste, Depois tomou um golpe d?água e disse: - Filho da luta guerreiro é, Vou lhe passar a minha colher Honre a profissão do teu avô! Revolta não carregue nas costas Que sua esperança seja grandiosa, Tenha coragem no seu coração! Filho da luta, filho da luta! Filho da luta, filho da luta!