Mundo invertido Não é divertido se ver em perigo Delírio, abdico de colírio Mundo incolor, inocência acha-lo colorido Ao estalar de minha íris, cansaço Nossa dádiva é o tendão de Aquiles Há quilos de poesias abstratas em minha fonte Me conte, o que você esconde? Sensato ou covarde? A rainha e o peão surgiram da mesma caixa E perdem se o rei leva xeque-mate Nem tudo que pensa é o que acha Somos metáforas da nova aurora Respeito o solo da esfera e as fera aflora Jogando os entulhos pra fora, revigora A água da chaleira evapora Terreno insano, propósito inverso, submerso Me lavo nessa cachoeira Uni versos pra purificar elos e afastar essa poeira Poeta místico, assisto o cataclisma da fogueira Exilado entre as cobras rasteiras Camaleão adaptado à pressão da beira Em expansão, me diz quantos são? E quantos serão quando passar o verão Talvez você vera antes que eles vejam Que tempos sombrios virão Esteja pronto perante a situação Cabe a ti reerguer seus irmãos, sua construção Pra que não haja destruição, reaja Lembre-se que inspiração inspira ação Eu vejo pássaros baterem asas no azul Peixes que eram anzol Cometas que sonham em ser o Sol Poças criadas aonde choveu Cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu Já caíram vinte grãos de areia E minha ampulheta ainda não se inverteu Eu vejo pássaros baterem asas no azul Peixes que eram anzol Cometas que sonham em ser o Sol Poças criadas aonde choveu Cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu Já caíram vinte grãos de areia E minha ampulheta ainda não se inverteu Nem sempre tudo é como espera Sabe, mano? As coisa não estão mais como eram Sinto que a superfície não intimida mais E minha cabeça passa longe da exosfera Quanto vale sua inocência? Minha experiência é devido a ausência de prudência Reflexo de nossa essência Valente perante a consciência De nossa existência falsa Por isso intimidei o caos, pra dançar valsa Entendo sua missão pessoal Temporais são temporários Movidos por horários e salários Tá tudo indo tão mal Ainda não sabemos o real Sorte que sou rodeado de reais Não falo de dinheiro, papel traiçoeiro Não faz o tempo durar mais Preciso de luz e um pouco de paz Mas sempre volto pro redemoinho Nascemos pra firmar laços E no fundo morreremos sozinhos O homem inventou o tempo Pra prender o passarinho no ninho Mais uma taça de vinho no limbo Eu vejo anjos caindo e demônios surgindo Pessoas ouvindo e ignorando sinais Se nós não ouvirmos a voz Não saberemos que a sós entendemos Porque sentimos e vivemos Somos livros, porém nunca nos lemos Acendo um incenso, esse oceano é extenso Seguimos pequenos O peito é barco e nossos braços são remos À espera de um dilúvio Pra sabermos onde iremos Pois nunca nos convencemos Embora lutemos pelo mar sereno Sem ondas fortes não navegaremos Precisamos desse temporal Vejo vários parasita no hall Loki, cada verso é ritual Então antes de tocar os outros, se toque