Vi a alma de Machado habitar Renan Talvez eu não pense nisso amanhã Foi um dia longo Hora de tirar os pesos dos ombros e Descansar entre os escombros Quando é que eu me encontro? Nas voltas que o mundo dá, quem não fica tonto? Nem o mais preparado tá pronto Monto e desmonto, sou apenas recortes Do monstro que não cabe nos moldes Dos jogos, dos totens De novo, nos cobrem Só pra dizer que descobre! Aos poucos vou entendendo Como as peças se movem (como as peças se movem) Troque de lugar pra conhecer o lugar que sofre Sai do interno pra enxergar lá fora Eu tenho muito pra aprender Já pus a mão no fogo, hoje lavei minhas mãos São, eles não são, o que falam que são Pra bom entendedor, nenhum sopro é vão Era um raio de luz, mas se fez trovão Como falar da sensação, negando a sensação? Abandona o conselho, não abandona o irmão Meu maior receio é morrer vivão Com a faca no peito e o queijo no chão Nem atropelado, nem atropelando Nem agoniado, nem agonizando Agora mais organizado vou puxar meu bonde Brota na minha área e saiba do que eu tô falando Improvável cultivar as asas sem cortar raízes Ou preservar raízes sem podar as asas Depois da chuva, um arco-íris na Íris e algumas goteiras na casa Viver na profundidade é lidar com a pressão Igual panela de pressão, se não apita, explode No meu caso implode, vira depressão Faço questão de que as coisas aqui melhore Mesmo que antes piores Tenho convicção e assuntos pendentes pra resolver com o coração Não há conquistas que vai suprir a dor do abandono E nem derrota que tire meu sono Tudo que eu sinto é de alma Preciso manter minha calma Mergulhe, é sempre bom, mas pise na areia de volta Sai do interno pra enxergar lá fora Eu tenho muito pra aprender Equilíbrio, pés no chão Quem planta colhe Atenção! Sem pressa ou caminho Aviso o destino Com convicção