Pecaos

Forasteiro

Pecaos


Sul!
Direto do bueiro mais sujo da sul, sul, sul, sul, sul!
V.L, V.L, V.L, V.L

Em segundos, passaram-se anos
Em minutos, foi da água pro vinho
Em horas, já era outro caminho
Em dias, eu já tava sozinho
Semanas, eu não era o mesmo
Em meses, nada era o que é
Em anos, eu pedia segundos pra voltar no tempo e lembrar de ter fé
Na fé, de voltar no tempo
E os anos se passaram em segundos
Foi meses, pra lembrar do percurso
Semanas, pra pegar impulso
Em dias, eu voltava pra casa
Nas horas que o ponteiro se atrasa
Minutos, e o vinho era água
Segundos, eu voltei onde tava

Não trava, não, agora não é hora, bora!
Pé no chão, não fica balão
O que eles pensam é outra história
Concentração
Cavuca a memória, usa a intuição
Lembra das vitórias
Mas não use elas pra justificar sua distração
Ó que situação, que se colocou
Irmão, foi tantos não que quando foi sim
Espiou, não confiou, recuou
Tá sozinho
Agora para sair é mó bolo

Mas eu confio em você, e você? Confia em si?
Eu tive perto de desistir, mas resisti
Minha curiosidade pelo que o que tem depois do muro me faz existir
Era inseguro sobre mim e sobre isso aqui
Mas assumi que no fim eu só quis me ouvir
Pra suprir o vazio, de estar por um fio
Mas não consegui, só fiquei mais frio
Até dá pra lutar deitado
Mas nem toda luta é Jiu-jitsu
O último que parou aqui, ficou a ver navios
Não é, o mesmo homem, não é, o mesmo rio
Não é, a mesma moça, mas é sempre um tio
Bateu no peito e fugiu
Outros bateu a cara e fingiu
Que não se feriu
Comercializou seu amor e faliu
O corpo responde o descaso, fica febril
Como sair no zero a zero com a cabeça a mil
Traiu convicções, abriu questões
Se resumiu em ações, mas nas reações se viu

Um paraíso peculiar, ao amenizar prisões
Pra se superar terá que lidar com rejeições
Injeções de ânimo são borboletas no estômago
Treta, botar nas letras o que guardei com incômodo
Escrevi esperança, descrevi mudança
Percebi ganância, tudo do mesmo cômodo
Quero saber quem é o dono do
Ônibus, que me fez passageiro
Cronos! Dessa vez eu vou ser mais ligeiro
Somos forasteiros, é uma terra sem lei
Se sentir em casa como aqui nunca morei?

Em segundos, passaram-se anos
Em minutos, foi da água pro vinho
Em horas, já era outro caminho
Em dias, eu já tava sozinho
Semanas, eu não era o mesmo
Em meses, nada era o que é
Em anos, eu pedia segundos pra voltar no tempo e lembrar de ter fé
Na fé, de voltar no tempo
E os anos se passaram em segundos
Foi meses, pra lembrar do percurso
Semanas, pra pegar impulso
Em dias, eu voltava pra casa
Nas horas que o ponteiro se atrasa
Minutos, e o vinho era água
Segundos, eu voltei onde tava