Depois que ela se foi, mantive a casa arrumada A vista alagada e essa ilusão de ser livre Os que restaram sonham, os que se foram inspiram O que me torno eu temo, e o que me mata mano, vivi Essa saudade invade Meus livros pela metade dizem muito sobre mim Pensamos que é tarde, esse é o nosso hábito covarde De aceitar a derrota sem lutar até o fim E eu precisei de mim e virei as costas Procurei respostas sem ter as questões Como todo humano, amei quem não me amava Odiei quem me amou e hoje sou o reflexo de minhas ações Quatro estações em que o Sol aparece Mas não aquece nossos corações (não) Borboletas não borbulham o estômago há anos Estamos colhendo os danos que plantamos em milhões de manos Não somos pra sempre, não Mas os nossos passos delicados pelo barro são Seja o que eles não foram pra gente ou o ciclo se repetirá E vários dos nossos morrerão Pessoas vão, humanos voam E mesmo que entristeça, eu sei que é nobre a decisão Pobre de sentimento, rico de frustração (lamento) Busquei fora o que nunca saiu de dentro Enganando o que chamei de tempo Já não trato mais meu corpo como um templo Fumo mais que me alimento, ando mais que paro e penso E me contradigo a cada momento (eu sei) Errei pelo medo de errar e quando desisti de acertar foi que acertei É inevitável enxergar mas é instintivo não ver Que tudo tem razão, mesmo que você não crê Que cada irmão tem algo pra ensinar e dever de aprender A bênção de sorrir sem ao menos ter porquê A maldição de chorar por sofrer sem nem saber E a dor da vida é não ter pelo que viver E mesmo assim seguir, custa entender que Precisamos ir antes de se arrepender Senhor, não abdique seus valores pra vencer Já que a vitória tá em si, se todos forem sobra pra você