Onde eu moro é um ninho Cheio de felicidade Lá não existe tristeza Os olhos não têm maldade Com minha mulher e meus filhos Vivemos com tranquilidade Me dá pena de quem vive Sufocado na cidade Minha casa é de madeira Muito bem estruturada Nas janelas não tem tranca A porta dorme encostada Nas noites de temporal Com a tramela é fechada Adormeço pouco a pouco Com o barulho da enxurrada Levanto de manhã cedo No romper da alvorada Levanto e vou pro terreiro Dar milho pra galinhada Ouvindo as lindas canções Sinfonia idolatrada Da orquestra natureza Que se chama passarada Pra cuidar das plantações A enxada é afiada Eu preparo bem a terra A minha lavoura não falha Em cada ano que passa A colheita é dobrada Pra garantir o contratempo A tuia vive lotada