No seu natal lá numa manjedoura Ouviam-se canções de alguns pastores E a noite silenciosa e sertaneja Encheu-se de poesia e de amores Cresceu lá no sertão da galiléia Fazendo gente simples ser feliz Amava o sol, a lua, e as estrelas E tudo aquilo que de amor nos diz Hoje no sertão ainda vejo Semblante do cristo sertanejo Andava nos sertões da galiléia Pregando as mensagens do seu reino Dizia aos orgulhosos que no céu Só entrará quem se fizer pequeno Subia pelos montes e colinas Queimando o seu rosto pelo sol Falava aos pescadores as verdades Da vida e do eterno arrebol E hoje no sertão do meu pais A gente não se esquece de rezar De noite alguém dedilha uma viola E ao cristo uma toada vai cantar E a paz responde aquela melodia Lá no silêncio puro do sertão E a gente, então se enche de alegria Porque o amor de Deus se fez canção