tenho marcas na alma, registradas com calma, por tuas mãos de mulher nos cuidados, silenciosos segredos e a materna certeza: eu tenho alguém por mim e o meu mundo tinha fim nos teus braços feito barco ancorado, descanso sem fim hoje se desprende do peito esta dor de saudade que tem cheiro de mãe, de infância e verdade de brinquedo perdido e de chuva caindo molhando o quintal olho pro teu rosto cansado e componho os meus versos e num choro contido te encontro e confesso que apesar de crescido, ainda sou teu menino carente de mãe. tuas coisas tão simples, tua fala tão mansa, e o teu grito de dor são lembranças que a vida não leva sacramentos que o tempo em mim depositou feito caixa, um baú de segredos, onde a chave que abre é o teu nome, minha mãe. hoje se desprende do peito esta dor de saudade que tem cheiro de mãe, de infância e verdade, de brinquedo perdido e de chuva caindo molhando o quintal olho pro teu rosto cansado e componho os meus versos e num choro contido te encontro e confesso que apesar de crescido, ainda sou teu menino carente de mãe.