Na densa floresta vai um caminheiro Cristo Seringueiro, seringa a cortar E corta seguro. A mão calejada Da planta amada faz vida nascer E vem a Esperança que surja bonança Não seja explorado o suor na balança Na mata escura, um homem pacato O Cristo do mato, seringa a colher E colhe o futuro. A mãe natureza Lhe dar a certeza: O filho crescer E vem a Esperança, que surja a mudança E o homem refaça com Deus, aliança Em uma palhoça alguém bem curtido O Cristo sofrido, borracha a fazer É faz o progresso. Constrói a riqueza Beleza e grandeza pra outro viver E vem a Esperança que surja a dança Dos povos iguais semelhantes crianças Vai um caminheiro, um homem pacato Alguém bem curtido, na rua perdido Foi espoliado. Da mata querida Não tem mais guarida. É só padecer Foi ladra a balança. Não houve aliança E a dança criança é ainda esperança