Nas senzalas modernas há um pouco de todo mal Entre a bala perdida, o app, a culpa e o tribunal Definhando ao léu na euforia dormente desse carnaval Abre fogo a ojeriza desse caminho como um temporal Te arrasta e derrete a sobra do escombro de lucidez Com o trato bovino empenhado da divina estupidez O sabor da fome é o rosto atávico da correria Degustando os pedaços coesos e senis dessa dismetria O berçário informa o luxo a moldar A vida exibe a ferida aberta e o desdém Sob as noites infectas há o incerto para repousar Desce a rua insegura com a maldade que faz suportar Sente o nojo, a alegria de quem passa sem notar Mais um corpo que arrisca a saúde dessa fantasia Permitir que o rosto sinta o tom que arde o ar Do chão que se abre toda manhã ao despertar O sabor da fome é o rosto atávico da correria Degustando os pedaços coesos e senis dessa dismetria