O corpo que desaparecia nos lençóis limpos de outro dia sem amor Tanta sorte por aqui passou, o último amor na despedida tanto levou Que loucura é a solidão, deu sentido a um refrão tão tolo As imagens que brotaram afiadas e certeiras, são rastros As frutas desta estação cresceram antes de aprender E minha fome as devorou antes de eu querer Fui me enganar e acabei acreditando Hoje vivo sem saber se sou ou sonho A culpa as vezes passa a vida a limpo e erra Desconhece o acaso que deita o tempo e encerra Como chá de boldo são as incertezas O amargo as vezes é pra curar A liberdade é tão estranha / estéril Quando não tem um chão ou lar Vira um porto aberto sem navio E um homem a esperar Fui me enganar e acabei acreditando Hoje vivo sem saber se sou ou sonho A culpa as vezes passa a vida a limpo e erra Desconhece o acaso que deita o tempo e encerra