Vida é a tua, tudo te sai bem Criada na rua, no vale quem tem Hoje se insinua na coluna social Cara no jornal como se fosse alguem Em sociedade não lhe falta Quem lhe agrade, quem lhe gabe Mas no meu samba você é sempre aquela Que agente sabe Com a simpatia envolvente Dos malandros veteranos Somou quatrocentos anos No pedigree do orfanato E é hoje o retrato da mais alta Burguesia institucional Marido da ordem de malta Da cruz de grande oficial Seu sucesso em letra miúda Na enciclopédia nao cabe Mas no segredo do meu samba Ainda prefere ser aquela Que agente sabe Que agente sabe