Do pequeno "lagrimar" de uma vertente Nasce um lençol de água pura Que irriga as terras em suas margens De onde brota o pão às criaturas Em teu leito, garoto, eu éra peixe Tirava o sustento de tuas águas Tu que foste o "nilo" do campestre Agora o lixo boia em tuas chagas O rio vacacaí está chorando Penando em seu leito de agonia Mataram sua fauna e sua flora E chora porque morre dia-a-dia Quem já sobreviveu de tuas águas São homens que perderam a consciência Despejam em seu leito os detritos Não ouvem os seus gritos de clemência E o rio agora chora de saudade Dos tempos que sua água éra bebida As lágimas escorrem pelas águas Que sempre foram símbolos de vida