Quem foi que disse que o gaúcho é livre e solto Que nesses campos ele é o pai de uma nação Foi índio guapo, foi charrua, foi guerreiro Sempre o primeiro a lutar por este chão Mas os minuanos anunciaram o fim dos tempos O pai morreu e foi com ele a tradição O chapéu velho que ele usava hoje é lamento Baeta, espora e chiripá nos deixarão (Cadê o gaúcho, cadê o gaúcho Que andava livre em seu cavalo amigo, irmão Tantas peleias mas ficaram na esperança Seus sonhos tantos que forjaram este chão Cadê o gaúcho, cadê o gaúcho De lança e adaga e um sapucai preso à garganta Mateando ao vento como senhor das fronteiras Pega a bandeira do rio grande e te levanta) Foi guardião na batalha de caiboaté E nos porongos foi lanceiro e como lembro Da erva ao charque sempre defendeu com fé Ficou pra história pelos feitos de setembro Mas um passado não pode ficar de pé Se os novos frutos não honrarem as vitórias Sementes secas como ferrão de guaxupé Transforma o homem num gaúcho sem memória