Beirando a cerca sete fios de pouco espaço Pela estrada da fazenda onde eu morava Um mata burro, uma cancela, uma porteira Uma colônia tudo aquilo que eu gostava O Sol brilhando o capim todo orvalhado Feito os meus prantos que meus olhos derramavam Sobre as imagens que formaram na penumbra E para longe a distância carregava A jardineira que passou e foi embora No pó da estrada os meus sonhos se apagaram Adeus estrada que separa o meu passado No triste rumo que levou a minha vida Guiou meus passos desde os tempos de criança Mais já não posso retornar a casa antiga E o que me resta é contemplar aqui distante Velhos cenários e momentos de saudade Um paraíso que mostrou o meu aflito Vem nos meus olhos desde a minha mocidade O Sol dos lírios debruçou e foi embora Da minha vida levou a felicidade Desde o início que encontrei a desventura Vendo o horizonte entre os prédios da cidade No descaminho busco a paz que foi embora E foi tão longe ao cair do Sol da tarde Adeus estrada que separa o meu passado No triste rumo que levou a minha vida Guiou meus passos desde os tempos de criança Mais já não posso retornar a casa antiga