Ainda te hei-de ver Talvez vendida A uma ninharia qualquer E desaparecer Talvez perdida Já sem nada a perder No mar cinzento e sombrio Pelas vagas destruída Essa proa altiva No mar de sonhos vazios De ti própria fugitiva Sem história sozinha, esquecida Pagava pra ver Quem atrás dos panos Se esconde afinal Quem queres Tu parecer Floresta de enganos Meu faso cristal Deitada a perder Os mais sagrados vícios Tornava-me santo enfim Sem regatear sequer os sacrifícios Nem nada a sobrar de mim Pagava pra ver Quem atrás dos panos Se esconde afinal Quem queres Tu parecer Floresta de enganos Meu faso cristal Ainda te hei-de ver Talvez vendida A uma ninharia qualquer E desaparecer Talvez perdida Já sem nada a perder Rasgaste-me a velas esquivas E deixaste-me à deriva Não sei para onde vais Ao que vens Nem quantas faces tens Pagava pra ver Quem atrás dos panos Se esconde afinal Quem queres Tu parecer Floresta de enganos Meu faso cristal Pagava pra ver Quem atrás dos panos Se esconde afinal