Um Brasileiro Um Sertanejo, uma viola, um ranchinho. Um cantar de passarinhos No anoitecer lá do Sertão O seu descanso merecido agora vem E ali junto do seu Bem Ele entoa uma canção No outro dia, antes do Sol ele sai. Pra lida árdua ele vai Ele, seu cavalo e seu cachorro. O dia todo o Sol o queima feito brasa Só à tardinha ele então volta pra casa Pro seu ranchinho rodeado de morros A vida é dura, sua lida é pesada. Mas sem reclamar de nada Ele se julga feliz Esse ainda é um tipo de Brasileiro Que não deixou o dinheiro No seu ser criar raiz Com muito zelo o seu pedaço de terra Que fica lá no pé da serra Ele cuida com amor E é dali que ele tira o seu sustento E esse é só um dos talentos Que do seu velho pai herdou Cuida da roça e também da criação E ali naquele chão Sua vida não é mera E o dia todo o Sol o queima feito brasa Só à tardinha ele então volta pra casa Lá no ranchinho seu amor o espera