A sombra sobre o lago emudece o horizonte A parábola do barro engrandece oque foi ontem O homem ali sentado sem saber que dia é hoje Olhando para o lago meditando feito monge O sentido de sua vida o destino que virou A direção do seu caminho o homem que se tornou Evangelho proibido o livro que o salvou Há esperança na luz que brilha sobre o caos Aliança de nós dois, o bem e o mal A casa do joão-de-barro ensinou a solidão A defesa que o fraco encontrou na escuridão O homem ali sentado pensando ser João O pássaro de aço, ferro e fogo, proteção E as correntes entrelaçam os seus braços, pesadelo Olhando para o lago que em seu sonho virou gelo E o monstro congelado se aproveita do seu medo