Quando os galos cumprimentam Dando buenas pra aurora Recebo as barras do dia No estilo aqui de fora Cortando os ossos de ponta Lavo a fuça na gamela Enquanto aquenta a água Chamo os pintos pra quirera No poronguito caseiro Cevo o mate ajujado Assobio pra cuscada Parceira de fronte ao gado Encilho um pingo amilhado Que atento troca a orelha E anda atolado na graxa Desde o sabugo à sergueira (O campo entende o campeiro Desde os tempos do índio vago Nas patas do pingo bueno Bate o coração do pago Por mangueiras e galpões Ou no rancho que me acampo Milongueando ou na lida Me gusta prosear com o campo) Meto as tranças num gateado De vereda embuçalo Que de arrasto cabresteia Grito "te ajeita, cavalo!" Depois de atar o queixo Do redomão caborteiro Canta um mango e trila a espora Já se forma o entrevero Cumprimentando a aroeira Boto a maneia num baio Que estou amanunciando Pra um paisano uruguaio À tarde, ando campo afora E o sol parece uma brasa Em seguida estarei de volta Mateando ao redor das casa (O campo entende o campeiro Desde os tempos do índio vago Nas patas do pingo bueno Bate o coração do pago Por mangueiras e galpões Ou no rancho que me acampo Milongueando ou na lida Me gusta prosear com o campo)