Dona Dilha, prende um fogo em lenha buena Que estou chegando basteriado de saudade Quero aliviar a minha alma no teu rancho Dessas angústias que me oprimem na cidade Aquenta a água pra um mate de boas-vindas Encilhei cedo por gostar da madrugada E no sereno, rebrilhando à luz primeira, Deixei um rastro nos acôos da cuscada (Sinto-me outro quando retorno, mãe velha Deixo pra trás o dia-a-dia e seus conflitos Pra saborear o amanhecer na tua morada Com café preto, pão de casa e ovo frito Querida mãe, que és ternura feito gente Num de repente faz a vida melhorar Se fez coragem retovada de alegria E ensina aos filhos o seu jeito de lutar) As mesmas mãos que atendem bichos de terreiro Sem que percebam o tempo e seus rigores Dão cor ao rancho quando semeiam canteiros Que têm a bânção de aquerenciar beija-flores Dona Dilha, chama os manos pro almoço Pra revivermos os encontros de carinho Quero ouvir o que eles têm pra me contar Enquanto eu conto o que aprendi pelos caminhos (Sinto-me outro quando retorno, mãe velha Deixo pra trás o dia-a-dia e seus conflitos Pra saborear o amanhecer na tua morada Com café preto, pão de casa e ovo frito Querida mãe, que és ternura feito gente Num de repente faz a vida melhorar Se fez coragem retovada de alegria E ensina aos filhos o seu jeito de lutar)