Paulinho Moska

Nenhum Direito a Menos

Paulinho Moska


Tom: D

         D
Nesse momento de gritante retrocesso
           F                            G
De um temerário e incompetente mau congresso
          D
Em que poderes ainda mais podres que antes
            F                     G 
Põem em liquidação direitos importantes
     C/G
Eu quero diante desses homens tão obscenos
         G
Poder gritar de coração e peito plenos
D         F       C/G           G
Não quero mais nenhum direito a menos 

      D
Nesse país em que se vende por ganância
          F                         G
Direito à vida, à juventude, e à infância
          D
Direito à terra, ao aborto e à floresta
        F                            G
À liberdade, ao protesto, ao que nos resta
          C/G
Eu grito: Fora! Esses homens tão pequenos
        G
De interesses grandes como seus terrenos
D         F       C/G           G
Não quero mais nenhum direito a menos
         
      D
Nessa nação onde se mata e trata mal
          F                             G
Mulher e pobre, preto e jovem, índio e tal
         D
Onde nem lésbica, nem gay, nem bi, nem trans
           F                   G
São plenamente cidadãos e cidadãs
          C/G
Não quero mais cantar meus versos mais amenos
             G
A menos que antes seus direitos sejam plenos

D         F       C/G           G
Não quero mais nenhum direito a menos

        D
Nesse Brasil da injustiça social
         F                     G
E de uma tal desigualdade sem igual
       D
Queria ver os grandes lucros divididos
          F                    G
E os dividendos afinal distribuídos
         C/G
Os bilionários concordando com tais planos
         G
Se revelando seres realmente humanos

D         F       C/G           G
Não quero mais nenhum direito a menos

         D
Nesse momento de tão pouca luz à vista
         F                              G
E tanto ataque ao que é direito e é conquista
   D
Eu canto tanto desistência, o desencanto
           F                            G
Mas canto a luta, a rexistência, tanto quanto
        C/G
E quanto àqueles que ainda pensam que detém-nos
           G
Eu canto e grito à pulmões e peito plenos

D         F       C/G           G
Não quero mais nenhum direito a menos