Pores-de-sol Xico bizerra / flávio leandro Quantos pores de sol se farão necessário Prá que a lua me mostre o fim dessa dor Na voz incessante de um cantador Quais léguas de rios em seus estuários Trarão pros meus mares esse teu amor Quantos mil ocasos serão descriados Saudades, eu sei, vão chover sobre mim Em que arrebóis os meus sóis espraiados Vão fazer dos teus nãos, um dia, um sim Estrelas cadentes que passam tão breves Velozes, fugazes, me negam o olhar Em qual dialeto teu nome escreves Me diz em que terras te devo buscar Vem, anos-luz de lonjura do meu coração Ser candura da lua, luar do sertão Dizer tudo aquilo que ninguém me diz Vem, estradas tiranas, pós de solidão Ser partitura de minha canção Vem ouvir o meu verso, me fazer feli