De onde vens assim cansado Trazendo a tristeza no olhar? Escondendo o pranto calado Nos segredos do além-mar Lá nas plagas do continente Bem distante assim ficou O sonho que o porão negreiro Para sempre sepultou Negro não vai, negro só vem E nessa ciranda da vida Morto não vale um vintém Negro não vai, negro só vem E nessa ciranda da vida Morto não vale um vintém Tem galinha nova no cais Chegou a hora de barganhar Chama o senhor e o capataz Que o leilão vai começar Negro não vai, negro só vem E nessa ciranda da vida Morto não vale um vintém Negro não vai, negro só vem E nessa ciranda da vida Morto não vale um vintém