Bicho solto desce o morro Forja sonhos, contramão Quebra o vidro, passa bala Bem nos cornos do irmão Bicho solto vai na manha Puxa o fumo, cai de pé Segue o vento na poeira Dribla a sorte, vai na fé Bicho solto não tem dono Traz na morte o seu furor Não se importa com o abandono Pois se aninha com a dor Mas na hora do amor Bicho solto chora Não entende o que sente O seu coração Mas na hora no temor Bicho solto implora Pra não ver o seu corpo Estendido no chão